Você sabia que um chatbot pode ser um excelente aliado em campanhas sociais e de saúde pública? Acompanhe o nosso artigo e descubra como a ferramenta pode ajudar a salvar vidas, principalmente neste setembro amarelo.
O setembro amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio iniciada em 2014. Ela é resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Embora o dia 10 de setembro mês seja, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, a campanha acontece durante todo o ano e vem ganhando cada vez mais popularidade pelo país.
Dados alarmantes mostram que milhares de casos de suicídio são registrados todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão ao redor do mundo. Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais como depressão, bipolaridade e abuso de substâncias.
A depressão é considerada atualmente como o “mal do século”. A doença atinge 5,8% da população brasileira – taxa bem acima da média global (4,4%), segundo a Organização Mundial da Saúde – e, normalmente, vem acompanhada de pensamentos, emoções e comportamentos anormais.
Mesmo tendo acesso às informações e serviços de saúde, seja por atendimentos particulares ou através do Sistema Único de Saúde (SUS), alguns pacientes não se sentem à vontade e hesitam em procurar ajuda especializada, devido principalmente ao preconceito que gira em torno da doença. É justamente nessa hora que o chatbot, por ser uma ferramenta digital e que não precisar de contato de humano, pode fazer a diferença na vida de alguém.
Mas,o que faz um chatbot ser tão interessante no auxílio de tratamentos de transtornos mentais? Justamente a sua disponibilidade de 24 horas ao dia, 7 dias por semana.
Sempre que algum paciente tiver uma crise ou uma recaída, a ferramenta estará lá para ouvir e conversar, independente do dia, hora ou local. Esqueça a imagem robotizada e a interação mecânica dos filmes de ficção científica. O chatbot pode ser totalmente personalizado e “falar” exatamente como você ou eu falaríamos.
A ferramenta pode ser programada para checar os pacientes de tempos em tempos e, em momentos de crise, sugerir atividades que possam melhorar o bem-estar dos usuários ou então ajudá-los com mensagens e frases motivacionais. É importante ressaltar que a ferramenta não tem intenção de prescrever nenhum tratamento médico e caso alguma conversa ameace sair do controle, uma equipe médica especialista em saúde mental deverá imediatamente entrar em ação e tentar reverter o caso.
Nós sabemos que nada substitui o contato humano e a assistência médica especializada, mas no contexto contemporâneo e conectado que vivemos, um chatbot pode sim ajudar na saúde mental e a salvar vidas, não apenas durante o mês de Setembro Amarelo, mas durante todo o processo em que ele se fizer necessário.